O inverno por aqui começa a perder força. Segundo os telejornais, já estamos vivendo uma primavera antecipada. O resultado disso é dias mais quentes, ensolarados e agradáveis. Pensa comigo: se o fim de semana está batendo na nossa porta, tem como não sair para passear? Obviamente que não.
No domingo que passou, Albert escolheu que o destino seria passear pela costa. O Mediterrâneo está com águas de cor azul claro e a luz é tanta que prolonga ainda mais o horizonte! Lindo! Mas como sempre acontece, uma coisa leva a outra e resolvemos seguir pelo interior... até chegar a Besalú, que não era exatamente onde queríamos chegar, mas que, num bom português, saiu melhor que encomenda! Situando geograficamente, Besalú está no extremo leste do país, a cerca de 25km de Girona, pertinho pertinho do sul da França.
Seus menos de 5km2 são cheios de história e, apesar de bastante visitada pelos turistas, a cidade conserva o ar de tranquilidade de séculos e séculos atrás. Sim! Besalú é um povoado medieval, que, em 1966, foi declarada Conjunto Histórico-Artístico Nacional por seu grande valor arquitectônico. E é só chegar à cidade para começar a ser transportado no tempo. As primeiras vistas são uma imponente igreja de pedra, rodeada de casas que corpartilham do estilo.
Então é começar a caminhar pelas ruas estreitas e sinuosas para descobrir paisagens ainda mais instigantes (leia-se: um rio pedregoso, com uma ponte digna de livro de história e um castelo ao fundo, no topo de uma montanha). Não pude evitar entrar no google e pesquisar sobre a história do povoado, que um dia foi chamado Bisuldunum - uma fortaleza entre dos rios: o Fluviá ao sul e o Capellades ao norte.
Em minhas buscas, descobri que o traçado atual da vila não é fiel ao original (nos idos do século X), mas definitivamente possibilita uma leitura da urbanização da Idade Média, com a ponte, os baños judíos (que não vimos), a Igreja do Monastério de San Pedro e y San Julián, o antiguo hospital de peregrinos (que não vimos), a casa Cornellá, a Igreja de San Vicente y a Sala gótica do Palacio de la Curia Real (que não vimos). Tá, tá. Sei que deixamos de ver muita coisa, mas se tem algo que prezamos é priorizar a qualidade, ou seja, ver pouco mas ver bem. Ficamos tão surpresos que já planejamos voltar, talvez na Semana Santa, para estar mais tempo, aproveitar os cafés e as tabernas, e quem sabe seguir descobrindo o entorno. Uma boa, não?
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Também adoro viajar e conhecer recantos que desconheço por completo e que me surpreendam.
ResponderExcluirUm abraço.
Querida prima, como sabe do meu sufoco ultimamente, só pude dar uma rápida lida no seu blog. Adorei principalmente a parte de Besalú. A poesia de seu texto se une às imagens líricas desse belo lugar. Um beijo, Quinha.
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